Todas as modalidades esportivas precisam ou exigem uma estrutura
de programas de treinamento que concilia força e resistência aeróbia para melhora
do desempenho em jogos e competições de cada modalidade.
A intensidade e a duração e frequência ao treinamento são
fatores importantes uma está aliada uma a outra para um melhor rendimento.
O treinamento de força ocasiona varias adaptações
morfofuncionais especifica que em comparação a resistência aeróbia é
completamente diferente.
O treinamento de força potencializa a melhora do aumento de
massa magra e densidade óssea e na coordenação inter – intra muscular.
A resistência aeróbia melhora no consumo de oxigênio, melhora
da atividade das enzimas oxidativas e estoque de glicogênio intramuscular etc.
Na resistência aeróbia existem duas adaptações central e
periférica, a central ocorre a adaptações cardiovasculares, quando a
intensidade dos exercícios aeróbios chega a 60% a 80% VO2 max. Quando a
adaptação é periférica a intensidade do exercício aeróbio é mais alta ocorre um
estado de hipoxia muscular que > 90% VO2 max.
Na mesma forma o treinamento de força ocorrem dois tipos de
adaptações, central e periférica.
A adaptação central ocorre em uma intensidade alta (1-5 RM)
que resulta em melhoria no componente central (adaptação neural). Já adaptação
periférica é de menor intensidade (8-12RM).
As adaptações periféricas e centrais estimula a hipertrofia
muscular. Alguns autores falaram que a hipertrofia muscular pode ocorrer com
carga alta e menos volume (1-6RM) que promove uma maior adaptação neural
(central).
Outros dizem que a hipertrofia muscular é produzida por
cargas mais baixa e maior volume (8-12RM) aumentando e promovendo a síntese
proteica na fibra muscular.
O treinamento de força 70% 1RM junto com trabalho de
resistência aeróbia >90% Vo2max recruta vários tipos de fibra muscular do
tipo II fibras rápidas. Fazendo essa combinação TF (70% 1RM) e TRA (90% Vo2max)
pode ocorrer um estresse nas fibras musculares utilizadas, com isso, o aumento
de força e resistência aeróbia pode ser prejudicado (estes tipos protocolos
podem ser utilizados na periodização de treinamento microciclo de choque, por
exemplo).
Caso utilize dois protocolos TRA periférico 95% Vo2max e TF
8-12 RM ocasiona um efeito de concorrência estímulos de fibras muscular
diferentes. TRA de alta intensidade e TF de baixa intensidade.
Segundo pesquisas TC aumentando o volume e intensidade há uma
enorme taxa de cortisol, com isso, a performance do treinamento cai e devido o
treinamento ser muito intenso e
volumoso os indivíduos que treinaram durante um período de 12 semanas foi
detectado um inicio de overtrainer.
Estudos detectaram que a mulher tem um aumento considerável
de cortisol, sendo assim, a diminuição da taxa de testosterona, com isso,
ocasionando uma diminuição da força, alem de aumento de catabólicos, os estudos
mostram um aparecimento de overtrainer.
No TC a fadiga aguda é provocada em um treinamento aeróbio
prejudica o treinamento de força, o estimulo será menor, ocasionando um baixa
performance.
Os estudos mostram que a fadiga muscular ocasionada por um
treinamento aeróbio prejudica a eficiência no treinamento de força levando uma
diminuição significativa em números de repetições máximas, conclui que em TC, a
fadiga muscular ocasionada pelo treinamento aeróbio compromete bastante o
rendimento no treinamento de força.
Um estudo aplicado, foi elaborado um protocolo com dois
grupos, o grupo 1 foi elaborado um protocolo de TRA e TF no mesmo dia durante
um período de 4 dias e o grupo 2 foi elaborado outro protocolo de TRA e TF
ambos em dias diferentes.
Conclui-se que o grupo 2 houve um ganho de força
considerável, sendo que o grupo 1 detectou-se uma fadiga aguda prejudicando os
um dos treinamento aplicados TRA e TF.
Temos que levar em consideração que os estudos aplicados com
TC foram elaborados em um espaço de tempo curto (10 a 12 semanas).
Baseado nos estudos apresentados pode-se concluir que o
rendimento esportivo durante jogos e competições pode ser altamente afetado com
a aplicação de protocolos de TC, ou seja, a correta manipulação da força e da
resistência aeróbia é essencial para obtenção da máxima performance sem ter
queda no rendimento em nenhuma dessas capacidades durante uma periodização do
treinamento.
Prof. José Augusto
de Souza Junior (JUNIOR SOUZA).
Cref 038557-G/SP
fonte: Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2005, 4(4):145-154