segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CINEANTROPOMETRIA – COMPONENTES DA CONSTITUIÇÃO CORPORAL



Aspectos Gerais.

Cineantropometria é definida como estado do desempenho humano em tamanho, forma, proporção, composição e maturação do individuo, o objetivo é entender o movimento humano em vários contextos sendo eles de crescimento, exercícios, desempenho e nutrição.
A cineantropometria é um estudo complexo que envolve uma serie e fatores do cotidiano humano.

Componentes da constituição corporal.

Os componentes de constituição corporal é aferido por medidas antropométricas que são chamadas de somáticas ou morfológicas.
A constituição física é composta por três aspectos que são inter-relacionado em dimensões, estrutura e composição corporal utilizando técnicas antropométricas.
A cineantropometria avalia as dimensões, proporções, formas, tipos e composição corporal do individuo.

Dimensões corporais

São avaliações da estrutura corporal em sua magnitude em proporções como: massa, comprimento, áreas de superfície. As proporções gerais do individuo são avaliadas com técnicas mais especificas.
Essas técnicas são divididas em três tipos: medidas lineares, circunferências e medidas de massas, cada uma em sua especificidade.

·         Medida linear: avalia o individuo em longitude (estrutura, altura do tronco encefálica, comprimento dos membros, transversais, diâmetro e envergadura).
·         Medias de circunferências: avalia o perímetro corporal.
·         Medidas de massa: procura mensurar peso corporal e espessura de dobras cutâneas para observar o grau do tecido celular e a adiposidade.

Porções, formas e tipos corporais.

A antropomentria de acordo com o artigo não é formas de avaliação na medicina e biologia e sim nas artes plásticas que são objetivos de escultores e pintores, historicamente é retratar o corpo humano em sua plenitude.
Alometria é chamada de alteração nos segmentos corporais ou alteração nas formas e diminuições dos tecidos corporais.
Existem três variações no seguimento da alometria são elas: endomorfia, mesomorfia e ectormofia, isso está correlacionado a evolução do individuo através do somatotipos.
·         Endomorficos: são indivíduos com tronco volumoso com massas concentradas no abdome.
·        Mesomorficos: são indivíduos fortes, retangular, com musculatura rasoavelmente desenvolvida e delineada.
·         Ectormoficos: são indivíduos dominantes e lineares (longilíneos).
Na década de 60, implantaram o método antropométrico que estima o somatotipos dos atletas de alta performance, através desse estudo antropométrico e somátotipos dos indivíduos mostra o crescimento e desenvolvimento humano.

Composição corporal.

A composição corporal trata-se de diversas relações à saúde humana, nos quais são relacionadas às doenças e a qualidade de vida.
Em modo geral o estudo trata de vários segmentos em relação ao que compete ao desenvolvimento do individuo.
O estudo da composição corporal é dividido em cinco níveis e todas são ligadas entre si desde a ação das moléculas á dimensões corporais, esses níveis interagem no desenvolvimento do individuo. Cada nível tem sua peculiaridade no desenvolvimento humano.
No estudo da composição corporal foram desenvolvidos varias técnicas para mensurar os níveis de gorduras nos tecidos e exames mais aprofundados para saber avaliar melhor a qualidade de vida do individuo.

Conclusão.

O estudo da cineantropometria já vem sendo desenvolvida há 30 anos, esse estudo esclarece e avalia os indivíduos principalmente a condição para uma pratica esportiva em melhora da qualidade de vida, o estudo tem muita eficácia para mesurar certas valências corporais, contudo observamos que varias citações cientificas são utilizadas para melhor desenvolvimento seu trabalho com mais segurança eficácia tanto na qualidade de vida ou em esportes de alta performance.

Bohme, S. Maria Tereza. Cineantropometria – Componentes da constituição Corporal, Vol. 2 nº1 – 72-79, 2000.  

Prof.José Augusto de Souza Junior
Cref.38557-G/SP

VALIDADÇÃO DE UMA BATERIA DE TESTES DE ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA PARA IDOSOS FISICAMENTE DEPENDENTES.




Introdução

Cerca de 25% dos idosos não conseguem executar atividade de vida diária estudos apontam uma lacuna considerável no meio social e essa tarefa é observada pelo educador físico, cabe ao mesmo elaborar atividades que possam potencializar e resgatar a auto – estima desses idosos.

Capacidades funcionais na velhice.

Pelo que consta tradicionalmente o envelhecimento é um fenômeno estudado e analisado ao logo do tempo. Na população europeia a estatística mostra 28% da população é idosa com a idade superior a 75 anos, no entanto nos países considerados de terceiro mundo cresceu no século XX mais precisamente na década de 50.
Em 1900 dados mostram que 4% da população mundial apresentam igual ou superior a 65 anos, mas no século XXI os dados elevaram para 15 a 20 % e a idade da população eleva ainda mais com indivíduos com mais de 85 anos, desde 1940 mostra que o aumento da população idosa tem crescido  50% a cada década mais precisamente no Brasil esse aumento até 2025 estima-se que terá a sexta maior população idosa no mundo entre 1950 e 2025 o Brasil terá um aumento 15 vezes mais do que a população idosa e a taxa de natalidade aumentará somente 5% no mesmo período.
Citam que 80% das pessoas idosas acima de 65 anos apresentam uma doença crônica, idosos acima de 60 anos tem alguma dificuldade para realizar uma atividade cotidiana.
A expectativa de vida ativa termina quando a saúde de uma pessoa se deteriora a ponto de provocar a perda de sua independência nas atividades de vida cotidiana, tornando-se dependente de algum tipo de assistência.
O idoso perde suas capacidades de AVD e tornam-se dependentes e assim a expectativa de vida ativa torna mais difícil e ocasionando um quadro clinico de varias falências motoras e psicológicas.
Citam-se cinco tipos de categorias de capacidades funcional de idoso:
·         Fisicamente dependente
·         Fisicamente frágil
·         Fisicamente independente
·         Fisicamente ativos
·         Atletas

Avaliação de atividades da vida diária na velhice

Os testes de AVD foram destinados a indivíduos fisicamente ativos e independentes. Para esses indivíduos ativos é possível mensurar níveis de capacidade funcional. Ao longo dos anos vários métodos foram estabelecidos para uma melhor avaliação dos indivíduos idosos, os testes foram evoluindo e começaram a criar protocolos que avaliavam atividade básica da vida diária e atividades instrumentais de vida diária, com isso, as avaliações com indivíduos a realizarem tarefas fáceis e complexas dependendo da atividade proposta.
Ao longo foram outros testes com individuo classificados como fisicamente frágeis ou dependentes dados constam 25% da população mundial tem essa avaliação.
Um dos tipos de teste avalia o desempenho motor e auto-percepção. Os dois testes tem suas vantagens e desvantagens, mas o teste de auto-percepção avalia a parte cognitiva do individuo idosos e esse teste sofre duras criticas devido não ser uma avaliação precisa e concreta podendo haver muita divergências nos testes.

Método.

Foram avaliados 30 idosos 14 homens e 16 mulheres entre 60 a 76anos fisicamente independentes.

Procedimento.

Foram selecionados vários tipos de AVD e com base em analises em alguns relatórios foram selecionados AVD mais frequentes.

Apresentação e discussão dos resultados.

TABELA 1 - Frequência das principais atividades de locomoção realizadas pelos sujeitos
Durante uma semana.

Atividade

Subir e descer degraus de ônibus............................................ 10,07%
Caminhar médias distâncias...................................................... 9,70%
Sentar/levantar e caminhar pela casa......................................... 6,71%
Deitar e levantar-se................................................................... 5,97%
Subir e descer escadas.............................................................. 4,85%
Entrar e sair do carro................................................................. 4,10%
Carregar pesos ...........................................................................1,86%
Total........................................................................................ 43,28%

TABELA 2 - Frequência das principais atividades domésticas realizadas pelos sujeitos durante uma semana.

Atividade

Cozinhar...................................................................................... 8,58%
Lavar louça.................................................................................. 3,36%
Atividades manuais....................................................................... 4,10%
Lavar roupa.................................................................................. 2,61%
Arrumar a cama............................................................................ 1,49%
Varrer a casa................................................................................ 0,75%
Total........................................................................................... 20,9%

TABELA 3 - Frequência das principais atividades de auto-cuidado realizadas pelos sujeitos durante uma semana.

Atividade

Tomar banho............................................................................... 8,20%
Vestir-se...................................................................................... 5,60%
Higiene pessoal........................................................................... 5,97%
Total.......................................................................................... 19,77%

TABELA 4 - Frequência das principais AVD realizadas com dificuldade pelos idosos.

Atividade

Levantar-se do solo...................................................................... 18,18%
Tarefas manuais........................................................................... 18,18%
Caminhar médias distâncias......................................................... 13,6%
Calçar meias.................................................................................. 9,09%
Subir degraus................................................................................ 9,09%
Sentar/levantar............................................................................. 9,09%
Agachar-se..................................................................................... 9,09%
Subir escadas................................................................................. 4,54%
Permanecer em pé........................................................................ 4,54%
Subir em cadeiras.......................................................................... 4,54%
Total ............................................................................................100%
TABELA 5- Freqüência relativa à opinião dos juízes quanto à clareza de descrição dos testes (n = 6).

Classificação            Freqüência (%)
Muito clara                     33,3
Clara                               66,7
Um pouco confusa          0
Muito confusa                 0


TABELA 6- Freqüência relativa à opinião dos juízes quanto à viabilidade de aplicação dos testes (n = 6).

Classificação                        Freqüência (%)
Muito viável                                 66,7
Bastante viável                            33,3
Pouco viável                                   0
Inviável                                           0

TABELA 7 - Freqüência relativa à opinião dos juízes quanto à relação dos testes com AVD (n= 6).

Teste                                                                                           Sim (%)             Não (%)
Caminhar 800 metros                                                                     83,4                   16,6
Sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa               100                      0
Subir degrau                                                                                  100                      0
Subir escadas                                                                                100                      0
Levantar-se do solo                                                                       83,4                  16,6
Habilidades manuais                                                                      100                       0
Calçar meias                                                                                 100                      0


TABELA 8 - Estimativas de p (coeficiente de correlação intraclasse) para a determinação do grau de objetividade dos testes de AVD.

Teste                                                                                                 R              Ri

Caminhar 800 metros                                                                      0,99         0,99
Sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa           0,99        0,99
Subir degraus                                                                                  1,00           *
Subir escadas                                                                                 0,98        0,97
Levantar-se do chão                                                                     0,98      0,96
Habilidades manuais                                                                    0,97      0,94
Calçar meias                                                                                   0,99      0,98

R: estimativa do coeficiente de correlação intraclasse.
Ri: limite inferior do intervalo de confiança do coeficiente de correlação intraclasse.
*: não foi possível realizar o cáculo de Ri para o teste subir degraus, pois o valor do quadrado médio do
resíduo, neste caso, é zero.

TABELA 9 - Estimativas de p (coeficiente de correlação intraclasse) para a eterminação do grau de fidedignidade dos testes de AVD.

Teste                                                                            R             Ri
Caminhar 800 metros                                                 0,97         0,94
Sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se     0,96         0,92
Subir degraus                                                            0,94         0,89
Subir escadas                                                            0,92         0,84
Levantar-se do chão                                                0,96         0,92
Habilidades manuais                                                0,74         0,52
Calçar meias                                                              0,87         0,75

Conclusões e comentários finais.

Os resultados foram realizados com idosos fisicamente independentes com capacidade funcional ativa, o enfoque foi AVD de locomoção é a atividade de maior frequência.
O resultado do estudo AVD para pessoas idosas são de extremamente importante, devido a baixa natural da capacidade funcional dos músculos esquelético, as atividade físicas potencializa o individuo para uma melhora da qualidade de vida com isso suas rotinas diárias não são prejudicadas.

ANDREOTTI, R. A. & OKUMA S.S. VALIDADÇÃO DE UMA BATERIA DE TESTES DE ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA PARA IDOSOS FISICAMENTE DEPENDENTES. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 13(1): 46-66, jan./jun. 1999.

Prof. Junior Souza
Cref. 38557-G/SP

sábado, 4 de agosto de 2012

Nutrição Esportiva: BCAA




Os tecidos musculares são formados por duas proteínas principais: actina e miosina. Os componentes mais importantes destas duas proteínas são a leucina, isoleucina e valina, chamados de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA’s). Os BCAA’s representam aproximadamente 35% dos aminoácidos essenciais contidos nas proteínas musculares. Esta contribuição os torna importantes na construção muscular e mais fornecimento de energia para as células musculares.
Considere isso: os BCAA’s representam aproximadamente um terço do total de aminoácidos presentes na musculatura! Mais ainda, eles são essenciais para todas as reações de formação de tecido muscular e têm sido usados até em atletas de alto nível em provas de resistência aeróbia.
Os três aminoácidos de cadeia ramificada são: leucina, isoleucina e valina. Eles são essenciais, o que significa que você deve obter as quantidades adequadas através da dieta. Todas as células de seu corpo precisam deles para sintetizar proteína, incluindo proteínas musculares e enzimas necessárias ao processo de liberação de energia. O que significa que os BCAA’s são parte essencial tanto no processo de construção muscular quanto nos processos de produção de energia.
Esses aminoácidos possuem características anabólicas e anti-catabólicas, além de competirem com o triptofano no cérebro pela passagem na barreira sangue-cérebro podendo, desta forma, atenuar a fadiga central, diminuindo assim a produção de serotonina e possíveis efeitos de relaxamento e fadiga durante exercício.
Suplementação
A ingestão regular de BCAA ajuda a manter o corpo em um estado de equilíbrio nitrogenado positivo. Neste estado, seu corpo constrói muito mais músculos e queima mais gordura. Estudos mostraram que atletas que consumiram BCAA’s extras, apresentaram uma redução maior de gordura corporal. A suplementação de BCAA evitaria que a reserva muscular de aminoácidos fosse usada, diminuindo o catabolismo e ajudando, assim, na hipertrofia. Devido à musculatura ser tão rica em BCAA’s, eles são requisitados pelo organismo durante momentos de estresse ou intenso exercício.
Vários estudos realizados com atletas sugerem que a suplementação de BCAA’s, antes ou imediatamente após o exercício, pode estimular a síntese proteica e diminuir a quebra de tecido muscular. Isso parece ocorrer devido ao fato de a suplementação com BCAA’s suprir as necessidades dietéticas destes aminoácidos, preservando os estoques musculares. Siga a quantidade de cápsulas indicada no rótulo (de 2-3 cápsulas/dia).
Novas tendências apontam que a leucina isolada é a responsável por todos os efeitos alegados aos BCAA’s. Conforme podemos verificar, já existem suplementos só de leucina no mercado, que também mostram excelentes resultados. Então, se você já é usuário de BCAA ou já foi, pode partir para a suplementação de leucina.
REFERÊNCIAS:
KLEINER, Susan M.; GREENWOOD-ROBINSON, Maggie. Nutrição para o treinamento de força. São Paulo. Editora Manole, 2002.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
MAUGHAN, Ronald J.; BURKE, Louise M. Nutrição esportiva. Editora Artmed, 2004.